Não entendemos muito do universo e todas suas maravilhas, tudo isso ainda é muito complicado para nossa mente absorver. O máximo que conseguimos é tentar, nisso gastamos boa parte de nosso tempo. Tentamos compreender como tudo funciona, e nos decepcionamos ao perceber que tudo é muito complexo para se entender, nos frustramos pois queremos obter respostas para as milhares de perguntas que temos, mas o que achamos são mais becos sem saídas, mais perguntas sem respostas.
Há coisas que acontecem, mas que estão fora de nosso alcance, simplesmente não podemos muda-las. Em nossa cabeça não compreendemos o propósito delas, já que estas interromperam as expectativas que tínhamos dado a cada momento em nossas vidas. Aceitar o desfazer de coisas que para nós dariam certo é muito difícil e na maioria das vezes incompreensível, já que apostamos alto jogando todas nossas fichas nelas. Vê-las ir embora sem poder fazer nada, com as mãos atadas é de uma dor indescritível e o que somente resta é a esperança. A esperança de que um dia elas voltem.
Quando essa dor diminui começamos a ver melhor, como se a névoa que se formara em nosso campo de visão fosse se dissipando e voltássemos a enxergar tudo como deveria ser. A dor da perda ainda está lá, guardada em um local de difícil acesso, mas agora ao invés de tentarmos compreender como tudo funciona tentamos aceitar o que acontece, já que não podemos mudar o que acontece, temos que nos adaptar.
No fim das contas tudo é maior do que podemos imaginar, e o que aconteceu uma hora ou outra iria ocorrer, nosso controle sobre as coisas é mínimo, escolhemos apenas qual caminho ir e ele nos levará o resto do percurso. Se foi assim que teve que ser, então é assim que será. O melhor ainda está por vir.
Benevides.