sexta-feira, 29 de julho de 2011

Interna(mente),

Tem uma hora que eu paro para olhar as coisas que acontecem ao meu redor, e tento saber o porquê que elas ocorrem, todo seu histórico e como tudo tendiciou para que elas se realizassem. E como de se imaginar, eu não obtenho nenhuma resposta concreta, no máximo alguns porquês, mas que logo se dissolvem com alguns poréns. Vivo impulsionado por perguntas que se alojam em minha mente a cada segundo, estas que questionam do mais óbvio ao mais intrigante possível.
A pergunta que mais me atormenta, creio que não só tira meu sono, mas o de muita gente. Como seria se eu tivesse feito diferente? De outra forma, ou apenas tivesse falado ou deixado de falar alguma coisa. Tantas respostas, tantas possibilidades que eu me perco em meus próprios raciocínio imaginando como tudo seria diferente, ou que simplesmente se aquilo realmente tinha que acontecer, no fim das contas aconteceria.
E ai entra em questão se o destino realmente existe, ou se já está tudo traçado na sua vida, cada movimento, cada respiração, se nossas escolhas mudariam algo que já está certo para acontecer, e essas escolhas só fariam isso acontecer mais rapidamente ou não.
Mas acho que a melhor maneira de não precisar se preocupar com destinos, escolhas e etc, é viver tentando ser feliz, sem claro fazer mal à alguém. A felicidade sempre é a melhor resposta.

Benevides.

sábado, 9 de julho de 2011

Oportunidade,

Ando por ai e tento observar cada detalhe que passa por mim, já passei várias vezes pelo menos lugar e consigo achar cada vez mais coisas novas no caminho... sempre há um detalhe que passa despercebido. Mas naquele momento era impossível algo passar despercebido, cada olho na rua reparava aquela mulher que estava passando, acho que já acostumada com tudo isso, ela nem ligava para todos à olhando. Haviam todos parado para vê-la passar, inclusive e principalmente eu, nunca tinha visto um ser tão lindo na minha vida, não sei como, mas eu conseguia olhar por dentro daquele corpo monumental e enxergar que ali havia muito mais do que o externo podia mostrar. Não tinha como ter certeza, então resolvi ir puxar algum assunto e confirmar se aquele meu pressentimento realmente estava certo. Apressei meu passo para poder alcançá-la, quase tive que correr pois suas pernas eram altas e cada passo que ela dava eu tinha que dar dois, e no caminho de encontro até ela fui pensando em um jeito não tão rude e estranho que eu poderia usar para abordá-la, nunca fui muito bom com essas coisas, mas eu não podia perder aquela oportunidade que provavelmente seria a única da minha vida. Pensando em como chegar nela dei-me conta que ela deveria receber investidas o tempo todo e já deveria estar acostumada tanto como quando à olhavam enquanto passava, teria que ser bastante criativo para poder chamar e ganhar sua atenção. Tive uma ideia que até eu mesmo me espantei, nunca havia dito aquilo à ninguém, mas talvez seria a melhor opção que eu teria. Então decidi usá-la, eu só teria aquela chance e não poderia desperdiçar. Fui me aproximando, e quando finalmente cheguei perto dela para poder falar, ela atravessa a rua para entrar no carro. E a Lei de Murphy não me ajudou em nada, o sinal abriu no mesmo instante e não pude ir atrás dela. Foi de lá de onde eu estava, do outro lado da rua, que eu gritei sem pensar duas vezes: EU TE AMO! Tão rápido como as palavras saíram ela me olhou e ficou ali por um bom tempo me fitando, e eu não sabia mais o que falar, no caso gritar, então preferi ficar calado e somente responder ao olhar dela. Nesse meio tempo o sinal ficou vermelho e como eu já havia dito aquilo mesmo, não custava ver no que iria dar, atravessei e fui falar com ela, ou apenas ouvir ela reclamar dizendo que era um louco qualquer. Estava certo em certa parte, eu fiquei apenas ouvindo, mas não ela reclamar... e sim que eu havia sido o primeiro cara a dizer isso à ela, que mesmo não me conhecendo já tinha gostado muito de mim e um monte de coisas que passaria muito tempo falando aqui. Realmente ela não era perfeita, falava um pouco à mais do necessário, mas eu estava certo, ali havia uma grande mulher e com belos sentimentos. Conversamos bastante, e prometemos manter contato. E daquele dia em diante pude passar o resto da minha vida ao lado dela. O segredo de manter aquela perfeição ao meu lado? Dizer todo dia o que eu havia gritado quando nos conhecemos.

Benevides.